quarta-feira, 10 de abril de 2019

Pomada 9 ervas ou o que se encontra "escondido no baú"




 Já passaram alguns anos desde que fiz a minha primeira pomada "a sério". Foi em 2011 e a pedido de um naturapata que dava consultas numa ervanária onde eu adquiria algumas plantas. Teve grande sucesso, tanto para dores reumáticas como em pancadas e quedas, segundo os testemunhos de pessoas que a experimentaram. Desde então modifiquei-a, primeiro diminuindo a variedade de plantas, até ficarem 5,(As 5 irmãs) e entretanto já a modifiquei novamente e não tem praticamente nada a ver com esta primeira. Faz-se aliás de forma muito mais fácil e rápida do que esta versão ou qualquer das outras que fiz. Ainda me falta experimentar uma ou outra formula/forma de fazer, mas esta deu bem para apreender bastante. As plantas foram escolhidas pelo naturopata e nunca me disse o porquê da escolha ou da relação das percentagens de cada planta. Podem sempre fazer a vossa pesquisa e tentar perceber os porquês...foi o que eu fiz na altura ;) 

Cera de abelha /óleo vegetal
Plantas :                              %
Alfazema                            10%
Alecrim                              10%
Hipericão                            10%
Bardana                              20%
Harpago                              20%
Salgueiro                            10%
Arnica                                 20%







domingo, 7 de abril de 2019

Aromatizar com Fragrâncias



Há uns meses fiz um sabão simples de azeite com 10% de óleo de coco e quiz experimentar aromatizar com fragrâncias. Utilizei fragrâncias da Gracefruit, que são própria para sabão a frio (cold process). tinha adquirido à pouco tempo 3 aromas para experimentar:

Citrus Burst (Explosão de Citrinos)
English Rose ( Rosa Inglesa)
Jasmin (um aroma à base de jasmim)

o problema é que tinha comprado apenas frasquinhos de 10ml e para o sabão precisava de mais do que 10ml, precisava de no mínimo 30g para 1Kg de sabão. Resolvi então juntei os 3 aromas (que resultam muito bem) e lá fiz o sabão.

O sabão ficou bom, mas leva muito tempo a curar, como todos os sabões de azeite. O aroma acabou por ser pouco, primeiro porque o peso final foi mais do que 1 quilo; segundo, porque mesmo que fosse, ganharia ter colocado mais fragrância, mais do os 3% (30g).

Também será bom, em vez de utilizar partes iguais das fragrâncias, optar por maior % de uma delas.

PS: Podem adquirir as fragrâncias da Gracefruit cá em Portugal, na Plena Natura. Na página têm informação sobre a utilização das mesmas.

http://plena-natura.pt/index.php?route=product/category&path=13_17&limit=100

Laranja com especiarias: variações para a casa e não só...


Bom dia!

Hoje vou postar algumas misturas aromas e variações que me parecem agradáveis. Não experimentei todas as variações, mas se quiserem experimentar e enviar a vossa opinião seria interessante.

legenda:
OE = óleo essencial
OF = óleo de fragrância

Laranja com especiarias

#1
4 partes de OE de Laranja
2 partes de OE Cravinho da Índia

#2
2 partes de OE de Laranja
2 partes de OE de Litsea Cubeba
2 partes de OE Cravinho da Índia

#3
2 partes de OE de Laranja
3 partes de OE de Litsea Cubeba
1 partes de OE Cravinho da Índia

#4
2 partes de OE de Laranja
2 partes de OE de Litsea Cubeba
1 partes de OE Cravinho da Índia
1 parte de OE de Cedro do Atlas

#5
1 partes de OE de Laranja
2 partes de OE de Litsea Cubeba
3 partes de OE Cravinho da Índia

#6
2 partes de OE de Laranja
2 partes de OE de Litsea Cubeba
1 partes de OE Cravinho da Índia
1 parte de OE de Canela

#7
2 partes de OE de Laranja
2 partes de OE de Litsea Cubeba
2 parte de OE de Canela

#8
3 partes de OE de Laranja
1 partes de OE de Litsea Cubeba
1 partes de OE Patchouli
1 parte de OE de Canela


#9
3 partes de OE de Laranja
1 partes de OE de Bergamota
1 partes de OE Pimenta Preta
1 parte de OE de Patchouly

#10
3 partes de OE de Laranja
1 partes de OE de Litsea Cubeba
0,5 partes de OE Benjoim
0,5 partes de OE Canela
1 parte de Cedro da Virginia

quinta-feira, 4 de abril de 2019

1.3 Oficina de pomadas com plantas medicinais - 28 de Abril


  • Mais uma oficina válida e útil para todas as pessoas que pretendam resgatar velhas técnicas, aliadas à tradição oral, mas também às novas descobertas e aprender a utilizar as plantas medicinais sob a forma de pomadas.

    É uma Oficina de nível I: introdução: com a duração 3,30 horas
    O valor é de 30€ por pessoa (25€ por pessoa, em inscrições conjuntas de 2 ou mais pessoas)

    Inscrições e outras informações através do email: boticadacoruja@gmail.com

    Vamos aprender a fazer a "pomada SOS da Flor" ; pomada de calendula; transformar azeite de hipericão num unguento útil para utilizar em pequenas queimaduras; pomada de arnica...etc, etc
    Sabendo as bases, as possibilidades são muitas!

    Conteúdos:

    Parte teórica:
    -Pomadas: definição e um pouco de historia; Utilizações tradicionais e actualmente
    -Tipos gorduras base/Óleos vegetais, ceras e manteigas; características e propriedades
    -Validade e conservação óleos vegetais, ceras e manteigas
    -Plantas aromáticas e medicinais: Identificação através do nome científico vs nome popular
    -Propriedades e usos de algumas plantas em dermatologia e cosmética
    -Metodologia:
    -Modo de preparação das plantas
    - Maceração em óleo/azeite: a frio e a quente
    -Modo de preparação
    -Fazer pomadas e unguentos
    -Validade e conservação: conservantes
    -Breve abordagem aos óleos essenciais

    Parte Prática.
    -Elaboração de uma pomada ao vivo para perceber todo o processo, recorrendo a óleos macerados e óleos essenciais.
    Cada participante terá direito a um manual e aos produtos elaborados na oficina

    Investimento:
    .
    O valor é de 30€ por pessoa (25€ por pessoa, em inscrições conjuntas de 2 ou mais pessoas)
    Inscrições e outras informações através do email: boticadacoruja@gmail.com

    autocarro 433 (urbana circular)
    https://scotturb.com/carreira-433-inverno/

Colheita/recolecção silvestre: Respeitar a Natureza



(...)É de extrema importância que quem faz a colheita silvestre respeite a natureza e não aja como um “destruidor/predador”. Infelizmente tem-se verificado que na busca por plantas silvestres, há um desrespeito e também um desconhecimento da fisiologia das plantas e o que em principio era para ser uma actividade ecológica e respeitadora da natureza, acaba por ser um grave problema de desbaste da flora e até de desaparecimento de espécies mais frágeis e em desequilíbrio.
Além de respeitar as épocas de colheita das espécies/partes de plantas, há algumas regras que deverão ser seguidas:
1.    Se encontrar 3 plantas, faça a colecta em apenas uma.
2.    Não recolha as flores todas, deixe algumas para que haja sementes que germinem no próximo ano!
3.    Não arranque a planta, colha apenas o necessário, deixando a planta de modo a que ela possa sobreviver e completar o seu ciclo de vida para que continue a haver flora natural.
4.    Se recolher casca de um tronco de árvore, tenha especial cuidado com a profundidade dos cortes/descasques para que não haja uma perca de seiva que comprometa a vida da árvore.
5.    Evite retirar casca da mesma árvore nos próximos anos, para que ela se restabeleça.
6.    Colha um número limitado de folhas, de ramos ou flores, lembre-se que há animais que se alimentam delas.
7.    Não desenterre todas as raízes! Algumas plantas renascem no ano seguinte através do rebentamento dos bolbos e raízes, se as arrancar todas, no próximo ano não encontrará a planta!
8.    Há também animais que se alimentam delas no Inverno, estará a pôr em risco a continuidade de várias espécies animais.
9.    Se vê apenas uma planta (ou duas ou três… poucas no geral) da mesma espécie numa determinada área, evite colher qualquer parte da planta. Deixe a planta viver o seu ciclo, e tentar a reprodução. Proteja-a caso lhe seja possível, evitando que outros colham ou destruam (isso pode passar por manter segredo do local, ou por outro lado contactar organismos dedicados à defensa da flora)
10. Na dúvida, nunca colha. Fotografe e pesquise.
As plantas utilizadas devem proceder de sítios afastados de agentes poluentes, sejam instalações fabris, sejam estradas movimentadas ou rios poluídos. Não devem ser usados agentes químicos como pesticidas ou fertilizantes químicos.
Entre a apanha e a secagem/preparação da planta deve decorrer o menor tempo possível e esta deve ser mantida nas melhores condições possíveis para não se dar uma degradação rápida da planta e alteração das suas substâncias activas.(...)
(in...Manual prático de Pomadas e Tinturas com Plantas Medicinais - Florbela Graça)